segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Marketing Sensorial


Abordado em 1998, por Bernd Schmitt (Colúmbia Business Scholl) e Alex Simonson (Georgetown University), o Marketing Sensorial tem o objectivo de seduzir os consumidores, através de mensagens que atinjam os seus sentidos.
Schimitt e Simonson introduzem novos conceitos, como por exemplo, da "economia da experiência", na qual as empresas ampliam o seu "share" através da gestão estratégica das suas identidades e imagens, objectivando assim, "tocar os consumidores”, com apelos a sensações.
Estes autores partem do princípio que, cada vez mais os produtos serão diferenciados a nível dos seus atributos objectivos, e que não existe melhor caminho para diferenciá-los, que a veiculação de apelos sensoriais que atingem o inconsciente dos consumidores.

“É através dos 5 sentidos que percebemos o mundo.”De acordo com Michael R. Solomon (2002), os “impulsos captados pelos nossos sentidos, dão inicio ao processo perceptivo, onde os sensores internos captam influências do ambiente externo, gerando assim lembranças, bem-estar, saudades, desejos ou até mesmo repugnância”.

De acordo com uma pesquisa feita pela Nike, concluiu-se que 84% dos consumidores se mostraram mais dispostos a comprar ténis, quando o aroma da loja era mais agradável.

Esta técnica explora a percepção sensorial dos consumidores para induzi-los a comprar.
O Marketing Sensorial é uma tentativa de induzir um vínculo emocional entre consumidor-produto, examina as sensações experimentadas pelo consumidor, quando determinado produto é usado, e estabelece estratégias que procurem emocionar e conquistar a lealdade do consumidor.
Tem como propósito fixar a marca, o produto ou o serviço, criando sensações através dos 5 sentidos humanos, formando assim um vinculo emocional com o consumidor.

Segundo Cristina Leitão, Especialista em Marketing e Publicidade, a principal vantagem do Marketing Sensorial é que, quando bem introduzido numa empresa, sem exageros e sem imposições, pode-se tornar um grande “amigo” na conquista, na retenção de clientes e no aumento das vendas. O Marketing Sensorial não exige um investimento muito alto e dá resultados práticos a curto prazo, além de personalizar a experiência da compra, destacando o estabelecimento junto ao consumidor.
No entanto, os exageros têm de ser bem controlados... Evitar poluição visual. O produto deve ter destaque sem que as muitas mensagens venham a confundir o seu público-alvo. Em lugares mais agitados a música alta pode vir a atrapalhar. É necessário ter cuidado quanto ao exagero da quantidade ou excesso de essências distintas em um mesmo ambiente.

A agência publicitária da American Express decidiu chamar o seu novo cartão de Blue (azul), pois as pesquisas mostraram que a cor evoca sentimentos positivos sobre o futuro, as pessoas associam ao céu e à água provocando uma sensação de liberdade. Para encontrar a cor ideal de um produto ou do ambiente de vendas, deve-se levar em conta diversos factores, e o principal deles é a opinião do seu público-alvo.
Outro exemplo foi a marca de chocolates brasileira Kopenhagen que lançou uma campanha institucional intitulada “Eu só quero Chocolate”, instalando aromatizadores em 10 lojas paulistanas da rede para estimular o olfacto dos consumidores.
Pretendeu-se desta forma criar uma identidade olfactiva mais forte, através da associação directa da marca a um determinado aroma.

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