terça-feira, 14 de abril de 2009

Pombos Publicitários?!




O excesso de pombos presentes na cidade de Londres vai agora deixar de ser um estorvo para muita gente graças a uma iniciativa da agência de publicidade 'Creative Orchestra'.

A estratégia funciona através da tecnologia GPS, que será inserida nos pombos para os sintonizar com os telemóveis dos actuais e potenciais clientes, fazendo chegar até estes as mensagens publicitárias.


Chris Arnold, director criativo da Creative Orchestra, acredita que esta vai ser uma aposta lucrativa e com sucesso, pois acredita no potencial que os pombos podem ter a nível comercial e defende que "a surpresa das pessoas ao receber uma mensagem pessoal de um pombo amigável é uma experiência única e inesquecível". A agência já conta com dois grandes clientes interessados em experimentar o novo conceito e lançou 1000 pombos no dia 1 de Abril para demonstrar a eficácia do novo serviço.


A Creative Orchestra garante que, desta forma, é possível chegar ao cliente directamente por um décimo do custo de publicidade em ´mupis' e ‘outdoors'.


A utilização de pombos para transportar mensagens comercias é um novo conceito na área de marketing e publicidade, no entanto, se pensarmos bem, há décadas que se trocam mensagens através de pombos. A tecnologia BYRD, patenteada pelo serviço militar americano na II Guerra Mundial, possibilita guiar os pombos através de electromagnetismo até à localização do alvo. Utilizando ‘chips' de Identificação por Rádio Frequência, chamados RDIF, o pombo conseguirá chegar ao seu destino com uma mensagem digital especial atada às suas patas.

Incrível, não??

Fontes:
http://economico.sapo.pt/noticias/pombos-tornamse-veiculos-publicitarios_7542.html

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Coca-Cola lança nova campanha publicitária


“Abre a felicidade” é o novo slogan da Coca-Cola, e surge na sequência do “Bem-vindo ao mundo Coca-Cola”, a plataforma de comunicação que a marca usou nos últimos dois anos, espelhada na campanha “A fábrica da felicidade”.


Com esta campanha publicitária, a marca quer ser a que melhor anima e os portugueses durante os momentos de crise económica e espalhar o “vírus” da felicidade, e para tal desenvolveu um conjunto de mensagens de confiança, optimismo e felicidade. Depois de “The Coca-Cola Side of Life”, a marca apela agora à celebração de momentos especiais, para ultrapassar o pessimismo gerado nos últimos tempos.


Desenvolvida pela McCann-Erickson Madrid, a campanha "Encontro" mostra a viagem real de um idoso com 102 anos que vai conhecer um recém-nascido. Este é um encontro que parte da pergunta “O que dirias a alguém que vai nascer num momento como este?”, dando a resposta de seguida: “estás aqui para ser feliz ou, pelo menos, para tentar sê-lo”.


A fase ‘teaser' arrancou no dia 1 de Abril, fazendo a pergunta aos portugueses. A revelação arrancou no dia 4, com um ‘spot' de 90 segundos, reduzindo para 30' no dia seguinte. Além da televisão, o plano de meios inclui cinema, exterior, rádio, imprensa e Internet. Aliás, no ‘site' da marca os portugueses têm oportunidade de responder à mesma pergunta, e as melhores respostas serão utilizadas para a campanha de rádio. A estes juntam-se ainda outros suportes como montras de bombas de gasolina, traseiras de autocarros e lonas.


Segundo a Coca-Cola, “este é um encontro sobre felicidade entre duas gerações, entre a sabedoria e a esperança. A mensagem é simples e verdadeira, ao mesmo tempo que envolve e inspira todos os portugueses”.


Na minha opinião, a intenção é óptima e a forma como está a ser abordada pode suscitar algum interesse por parte do consumidor. No entanto, parece-me que está a ser uma campanha muito estática para quem pretende animar os consumidores...


Para quem já teve oportunidade de ver a campanha, deixem aqui as vossas opiniões!




Fontes:
http://economico.sapo.pt/noticias/cocacola-lanca-nova-campanha-publicitaria-a-nivel-mundial_7345.html
http://dn.sapo.pt/inicio/tv/interior.aspx?content_id=1188815&seccao=Media

segunda-feira, 30 de março de 2009

Nova Campanha Nestlé!


A Nestlé lançou um passatempo online para desafiar os consumidores a criarem a sua própria campanha de divulgação.

Designado «O Maior Fã da Páscoa», este projecto, criado e implementado pela OgilvyOne, tem por base uma rede social_ www.omaiorfadapascoa.com _ criada especificamente para esta iniciativa, e através da qual os interessados se podem inscrever para criar o perfil que os torne os maiores fãs da Páscoa.

Os prémios são atractivos e, se gostarmos desta época, porque não tentar?

sexta-feira, 27 de março de 2009

sexta-feira, 20 de março de 2009

Pessoa "o Marketeer"


Como estudante do Instituto Português Administração de Marketing tive o privilégio de obter o livro “Marketing em Pessoa” publicado pelas edições IPAM. O poeta produziu este texto espantoso e absolutamente actual sobre o mercado e o papel do comerciante/gestor e da publicidade.
E quando o marketing era um conceito desconhecido mesmo para os norte-americanos, Fernando Pessoa presenteia-nos com uma análise de incrível modernidade. Apresento aqui alguns excertos que demonstram a adequação incrivel desta abordagem à realizade actual.

A essência do comércio
“O inglês costuma comer “os ovos”, a que nós chamamos “quentes”, não em copos e partidos, mas em pequenas taças de louça, do feitio de meio ovo, e em que o ovo, portanto, entra até a metade; partem a extremidade livre do ovo, e comem–no assim, com uma colher de chá, depois de lhe ter deitado sal e pimenta. Na Índia, colônia britânica, assim se comiam, e naturalmente ainda se comem, os ovos “quentes”. Como é de supor, eram casas inglesas as que, por tradição aparentemente inquebrável, exportavam para a Índia as taças para este fim. Sucedeu, porém, que, alguns anos antes da Guerra, as firmas inglesas exportadoras deste artigo notaram que a procura dele na Índia decrescera quase até zero. Estranharam o facto, e procuraram saber a causa, e não tardou que descobrissem que estavam a ser batidas por casas exportadoras alemãs, que vendiam idêntico artigo ao mesmo preço.
Se as casas alemãs tivessem entrado no mercado índio com o artigo a preços mais baixos, sem dúvida que os agentes dos exportadores ingleses teriam advertido estes sem demora. Mas, como o preço era igual e a qualidade igual também, não era necessário o aviso; nem houve receio quando se verificou que havia razão para mais que receio – isto é, quando se verificou que, nestas condições de duvidosa vantagem para um novo concorrente, o artigo alemão vencera por completo.
Feita a averiguação ansiosa da causa deste mistério, não tardou que se descobrisse. Os ovos das galinhas indianas eram – e naturalmente ainda são – ligeiramente maiores que os das galinhas da Europa, ou, pelo menos, das da Grã–Bretanha. Os fabricantes ingleses exportavam as taças de tipo único que produziam para o consumo doméstico. Estas taças, evidentemente, serviam de um modo imperfeito aos ovos das galinhas da Índia. Os alemães notaram isto, e fizeram taças ligeiramente maiores, próprias para receber estes ovos. Não tinham que alterar qualidade (podiam até baixá–la), nem que diminuir preço: tinham certa a vitória por o que em linguagem científica se chama adaptação ao meio. Tinham resolvido, na Índia e para si, o problema de comer o ovo de Colombo.
*
Esta história, em aparência tão simples, encerra um ensinamento que todo comerciante, que não o seja simplesmente por brincar às vendas, devia tomar a peito, compreender na sua essência. Um comerciante, qualquer que seja, não é mais que um servidor do público, ou de um público; e recebe uma paga, a que chama o seu lucro, pela prestação desse serviço. Ora toda a gente que serve deve, parece–nos, procurar agradar a quem serve. Para isso é preciso estudar a quem se serve – mas estudá–lo sem preconceitos nem antecipações; partindo, não do princípio de que os outros pensam como nós, ou devem pensar como nós – porque em geral não pensam como nós –, mas do princípio de que, se queremos servir aos outros (para lucrar com isso ou não), nós é que devemos pensar como eles: o que temos que ver é como é que eles efectivamente pensam, e não como é que nos seria agradável ou conveniente que eles pensassem.
Nada revela mais uma incapacidade fundamental para o exercício do comércio que o hábito de concluir o que os outros querem sem estudar os outros, fechando–nos no gabinete da nossa própria cabeça, e esquecendo que os olhos e os ouvidos – os sentidos, enfim – é que fornecem os elementos que o nosso cérebro há de elaborar, para com essa elaboração formar a nossa experiência.
*
O estudo do público, isto é, dos mercados, é de três ordens – econômico, psicológico e propriamente social. Isto é, para entrar num mercado, seja doméstico ou estranho, é preciso:
1) Saber as condições de aceitação econômica do artigo, e aquelas em que trabalha, e em que oferece, a concorrência.
2) Conhecer a índole dos compradores, para, à parte questões de preço saber qual a melhor forma de apresentar, distribuir e reclamar o artigo.
3) Averiguar quais são as circunstâncias especiais, se as houver, que, de ordem profunda e social ou política, ou superficial de moda ou de momento, obrigam a determinadas correções no resultado dos dois estudos anteriores.
*
É espantoso – não: é pavoroso – o número de comerciantes que cotam para um mercado, estrangeiro e até nacional, espontaneamente ou solicitados, sem averiguar se não estarão cotando um preço que seja um disparate de tal ordem que os desqualifique intelectualmente – e a desqualificação intelectual é por vezes pior que a moral – no espírito dos que recebem a oferta.
*
Em resumo: o comerciante é um servidor público; tem que estudar esse público, e as diferenças de público para público se o artigo que vende ou explora não é limitado a um mercado só. O comerciante não pode ter opiniões como comerciante, nem deve fazer comercialmente qualquer coisa que leve a crer que as tem. Um comerciante português que faça um rótulo encarnado e verde, ou azul e branco, comete um erro comercial: quem segue a política das cores do rótulo não lhe compra o produto por isso, e quem segue a política oposta deixa muitas vezes de o comprar. Por um lado, não ganha, por outro o perde. Mais incisivamente ainda: o comerciante não tem personalidade, tem comércio; a sua personalidade deve estar subordinada como comerciante, ao seu comércio; e o seu comércio está fatalmente subordinado ao seu mercado, isto é, ao público que o fará comércio e não brincadeira de criança com escritório e escrita.”


Espantoso, nã0?

sexta-feira, 13 de março de 2009

=) Feel young again

BeSt ReJeCteD AdVerTisEment

Numa pequena pesquisa tive a oportunidade de conhecer um site que contém as melhores campanhas rejeitadas que nunca saíram para o mercado. Ao visualizar qualquer campanha rejeitada, conseguimos de imediato saber qual o motivo de não ter sido aceite.

http://www.bestrejectedadvertising.com/

Aconselho a todos a consulta e deixo aqui um pequeno exemplo:

Em Julho de 2006 a Sony viu-se obrigada a retirar uma campanha de um outdoor holandês sobre Playstation Portable Branca e a emitir um pedido de desculpas público na sequência de queixas sobre anúncios racistas.

Após o aparecimento dos outdoors, em Amesterdão e outras cidades holandesas, foram levantadas acusações de racismo na web e em revistas especializadas. A Sony inicialmente rejeitou as acusações e persistiram com os cartazes, mas, após semanas de contínua pressão optou por remove-los.

"Estamos apenas a dar um forte contraste entre negro e branco, mas nunca quisemos discriminar ninguém", disse um porta-voz Sony. "O anúncio foi percebido de forma inesperada e gostaríamos de pedir desculpas com as pessoas que se sentiram ofendidos com os anúncios."

Por vezes uma óptima campanha pode ter um impacto inesperado pelos motivos menos óbvios. E neste site conseguimos perceber exactamente isso. A cultura adjacente a cada país é um factor decisivo no processo de escolha de uma campanha.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Buzz Marketing

Segundo Arthur D. Little, o Buzz Marketing “trata-se de uma das novas estratégias de Marketing que encoraja indivíduos da sociedade a repassar uma mensagem de Marketing para outros, criando potencial para o crescimento exponencial tanto na exposição como na influência da mensagem. Como os vírus reais, tais estratégias aproveitam o fenómeno da rápida multiplicação para levar uma mensagem a milhares e até milhões de pessoas”. São “ideias que se espalham no e pelos próprios segmentos interessados, espontaneamente ou planeada por um agente externo. (Rodrigo Carneiro Marc & Sheep)

O Buzz Marketing é utilizado por diversos profissionais de marketing em substituição à publicidade convencional e a cada dia ganha mais importância.
O termo Buzz Marketing está associado a uma estratégia de marketing que visa estimular um individuo a repassar a outros, no âmbito social, determinadas informações sobre um produto, serviço, etc. Tais estratégias aproveitam o fenómeno da rápida multiplicação para levar uma mensagem a milhares e até milhões de pessoas.
Esta é uma técnica de comunicação que usa os próprios consumidores como meios de publicitar o produto. A ideia é criar um boato ou um forte motivo de conversa, que se espalhe facilmente entre a população.
A esta técnica precede-se normalmente uma estratégia de comunicação com pretende captar o cliente. Ou seja, o Buzz Marketing permite-nos "medir" qual o impacto de uma acção de comunicação.

Tem o mesmo conceito do Marketing Viral, que é rapidamente distribuído pela internet, porém, o Buzz tem a vantagem de ser difundido por qualquer meio, físico ou digital.
Actualmente, com o crescente fortalecimento dos meios de comunicação, estg prática alcança proporções gigantescas, com baixo investimento.
O Buzz Marketing é sem duvidas um instrumento de comunicação muito interessante que pode trazer excelentes resultados, mas o Buzz nem sempre é positivo e pode ter consequências muito graves sobre a imagem e as vendas de uma marca como foi o caso da marca Kryptonite.
Tudo começou no fórum Bikeforums.net, no dia 12 de Setembro de 2004 um banal utilizador revela que é possível abrir um cadeado da marca americana Kryptonite com uma simples caneta Bic, a noticia propaga-se, e dois dias depois o blog Engadget publica um artigo acompanhado de um vídeo a mostrar como se abre o cadeado Kryptonite Evolution 2000 u-Lock utilizando uma caneta.
No espaço de três dias este artigo recebe mais de 100 comentários e o vídeo é visto 255.000 vezes. Alguns consumidores contactam o serviço consumidor da Kryptonite, mas a marca americana subestima o problema e opte por não reagir. Dia 17, o famoso New York Times publica um artigo que relata o caso. Outros jornais, rádios e canais TV também noticiam que é possível abrir um cadeado Kryptonite com uma caneta. O que era ao inicio um banal artigo de fórum Internet torna-se num caso mediático discutido entre todos. Dia 22, após 5 dias de mediatização negativa, a empresa Kryptonite finalmente reage e oferece a troca gratuita dos cadeados defeituosos aos seus consumidores
Este caso mostra como em pouco tempo a opinião de um consumidor pode ter consequências desastrosas na imagem e na credibilidade de uma marca. O facto de ter subestimado o poder do consumidor, custou 10 milhões de $ a Kryptonite e teve um grande impacto nas suas vendas.

A estratégia de lançamento do Iphone é um exemplo claro de Buzz extremamente positivo à marca. Antes mesmo de chegar ao mercado, milhões de pessoas por todo o mundo já o tinham como número 1 na sua lista. A verba empregada pela Apple em publicidade para lançamento do Iphone foi muito baixa e os lucros extraordinários. A informação foi transmitida one-to-one e gerou buzz proposital por todo o mundo, para milhões, talvez biliões de pessoas.

Fontes Consultadas
http://imasters.uol.com.br/artigo/9669/webmarketing/buzz_marketing_e_possivel_controlar/ http://www.mktg2.net/2007/10/13/kryptonite-um-exemplo-de-buzz-negativo/
http://www.portaldomarketing.com.br/Artigos1/Buzz_Marketing.htm
www.ua.pt/incubadora/ReadObject.aspx?obj=4181