quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Good bye 30 seconds Spot... Hello Branded Entertainment!

“Com esta evolução tecnológica, vimos um consumidor com completo domínio da sua experiência de media que só consume aquilo que quer. Ou seja, em termos de blocos publicitários tradicionais - embora sejam sempre fundamentais para passar determinadas mensagens, valores, comunicar novos produtos - há aqui alguma perda de eficácia no relacionamento emocional com os públicos” afirma Carlota Ribeiro Ferreira, directora de gestão da Fuse, da Omnicom Media Group.

O consumidor só vê aquilo que quer, então, surgiu a necessidade da criação de novas técnicas de comunicação na televisão, aliando as marcas ao entretenimento.
Carlota Ribeiro Ferreira acrescenta: “Temos uma sociedade ocidental cada vez mais interessada e fascinada com o entretenimento, com as notícias e com as celebridades. As marcas para conseguirem passar determinadas mensagens ou para se envolverem mais a fundo com os seus consumidores têm de criar entretenimento ou de alguma forma passar para os espaços de entretenimento”.
O Branded Entertainment é emocional e qualitativo, ajuda à criação de uma ligação do consumidor com a marca. Não é uma técnica da qual se obtém resultados imediatos, mas sim progressivos.
O Branded Entertainment surge como uma ferramenta nova e inovadora que combate a perda cada vez maior da eficácia dos blocos publicitários tradicionais. Imensas empresas estão, cada vez mais a aderir ao desafio de colocarem as suas marcas directamente em filmes e séries televisivas.

A principal vantagem, como André Freire de Andrade (director-geral da Carat, agência de meios) aponta, é que “Quando as marcas estão no conteúdo, contactam com o consumidor numa altura em que este está mais disposto e mais receptivo a receber uma mensagem”.
Ainda quanto às vantagens desta técnica, Ruben de Almeida Domingues, strategic planning director da Mediaedge:cia, dá também o seu testemunho: «Os crescimentos serão muito grandes, porque as bases são pequenas mas não só. Actualmente, raro é o dia onde não surge um pedido de uma marca para soluções de Branded Entertainment. A tendência de procura está a crescer».
Analistas prevêem que em 5 anos 90% da publicidade será branded entertainment e 10% mídias tradicionais.

No entanto os directores de programas são detentores do poder de decisão e um pedido de Branded Entertainment pode mesmo representar uma óptima oportunidade de negócio para um canal televisivo mas, se estiver fora da estratégia de programação, ou se afastar do público-alvo do canal ou for em exagero nunca será aprovada.
Mas, há notícias pouco animadoras para a industria com a decisão dos ministros responsáveis pela comunicação social dos 25 países membros da União Europeia no âmbito da Directiva Televisão Sem Fronteiras de banir o product placement.

A esta técnica também podemos dar o nome de Product Placement ou Soft Sponsoring, pois consistem todas em colocar o produto num conteúdo televisivo ou num filme.

O filme que se segue representa um bom exemplo da aposta das marcas de automóveis no branded entertainment...

1 comentário:

Ana Paula Cruz disse...

Comento aqui todos: está a seguir o caminho certo e bem. Aqueles posts que eu "critiquei" podem e devem ser reeditados e melhorados para responder ao que é pedido.