“Com esta evolução tecnológica, vimos um consumidor com completo domínio da sua experiência de media que só consume aquilo que quer. Ou seja, em termos de blocos publicitários tradicionais - embora sejam sempre fundamentais para passar determinadas mensagens, valores, comunicar novos produtos - há aqui alguma perda de eficácia no relacionamento emocional com os públicos” afirma Carlota Ribeiro Ferreira, directora de gestão da Fuse, da Omnicom Media Group.
O consumidor só vê aquilo que quer, então, surgiu a necessidade da criação de novas técnicas de comunicação na televisão, aliando as marcas ao entretenimento.
Carlota Ribeiro Ferreira acrescenta: “Temos uma sociedade ocidental cada vez mais interessada e fascinada com o entretenimento, com as notícias e com as celebridades. As marcas para conseguirem passar determinadas mensagens ou para se envolverem mais a fundo com os seus consumidores têm de criar entretenimento ou de alguma forma passar para os espaços de entretenimento”.
O Branded Entertainment é emocional e qualitativo, ajuda à criação de uma ligação do consumidor com a marca. Não é uma técnica da qual se obtém resultados imediatos, mas sim progressivos.
O Branded Entertainment surge como uma ferramenta nova e inovadora que combate a perda cada vez maior da eficácia dos blocos publicitários tradicionais. Imensas empresas estão, cada vez mais a aderir ao desafio de colocarem as suas marcas directamente em filmes e séries televisivas.
A principal vantagem, como André Freire de Andrade (director-geral da Carat, agência de meios) aponta, é que “Quando as marcas estão no conteúdo, contactam com o consumidor numa altura em que este está mais disposto e mais receptivo a receber uma mensagem”.
Ainda quanto às vantagens desta técnica, Ruben de Almeida Domingues, strategic planning director da Mediaedge:cia, dá também o seu testemunho: «Os crescimentos serão muito grandes, porque as bases são pequenas mas não só. Actualmente, raro é o dia onde não surge um pedido de uma marca para soluções de Branded Entertainment. A tendência de procura está a crescer».
Analistas prevêem que em 5 anos 90% da publicidade será branded entertainment e 10% mídias tradicionais.
No entanto os directores de programas são detentores do poder de decisão e um pedido de Branded Entertainment pode mesmo representar uma óptima oportunidade de negócio para um canal televisivo mas, se estiver fora da estratégia de programação, ou se afastar do público-alvo do canal ou for em exagero nunca será aprovada.
Mas, há notícias pouco animadoras para a industria com a decisão dos ministros responsáveis pela comunicação social dos 25 países membros da União Europeia no âmbito da Directiva Televisão Sem Fronteiras de banir o product placement.
A esta técnica também podemos dar o nome de Product Placement ou Soft Sponsoring, pois consistem todas em colocar o produto num conteúdo televisivo ou num filme.
O filme que se segue representa um bom exemplo da aposta das marcas de automóveis no branded entertainment...
quinta-feira, 15 de janeiro de 2009
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1 comentário:
Comento aqui todos: está a seguir o caminho certo e bem. Aqueles posts que eu "critiquei" podem e devem ser reeditados e melhorados para responder ao que é pedido.
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